A rapaza fora detida pola policía baseándose nas anotacións de enderezos oficiais na súa axenda persoal, enderezos nos que pretendía buscar traballo. A axenda fora intervida logo dunha concentración de apoio a un anarquista, amigo seu. Acusada de pertenza a banda armada pola Audiencia Nacional, leva un mes en Madrid en prisión provisional. Dende a súa detención véñense realizando semanalmente concentracións de protesta e varios municipios de Girona teñen aprobado mocións de apoio.
Para quem ainda nom conhecer o caso da Núria Pórtulas, esta quinta feira 15 de Março às 11:00, na Casa de la Solidaritat do Raval (Carrer Vistalegre nº 15), tem umha excelente oportunidade para informar-se do estado do processo; pois está convocada uma rolda de imprensa que contará com a presença do seu irmão, Miquel Pórtulas, e do seu advogado, Banet Salellas. O objectivo desta convocatória, para além de informar da situaçom da moça, é anunciar publicamente a manifestaçom do sábado 17 às 19:00, que partirá do Portal de l'Àngel para reclamar a sua inmediata posta em liberdade.
O caso afunde as suas raízes na manifestaçom contra os abusos policiais do 27 de Janeiro em Olot, onde a polícia subtraíra ilegalmente umha agenda pessoal à sarrianenca. Agenda na que apareciam endereços oficiais de instituições catalãs. Núria aclarará umha semana mais tarde, diante do juiz Santiago Pedraz, que pretendia buscar trabalho de educadora social nelas.
Esta agenda, e a solidariedade pública de Núria com o seu amigo Joan Surroche (pendente de extradiçom a Itália por estar presumivelmente envolvido numha protesta contra os ferrocarrís daquele país); foram os principais elementos para a acusaçom de terrorismo, já que os mossos d'esquadra nom encotraram explosivos ou armas por parte algumha.
Ao desproporcionado operativo que registou a casa ocupada de Can Rusk e o endereço da família Pórtulas em Sarrià de Ter, na madrugada do 7 de Fevereiro, sucederam três dias de incomunicaçom na comissaria dos mossos na Zona Franca barcelonesa e o deslocamento final à Audiência Nacional, em Madrid. Embora o juiz Pedraz nom achara evidências das acusações que se imputam a Núria, decreta prisom provisória à espera das indagações dos mossos, no que a Assembleia de Familiares e Amigos da detida qualificam como "aplicaçom da guerra preventiva a pequena escala: primeiro detém-se, logo investiga-se".
Há já mais dum mês que Núria está retida na prisom madrilena de Soto del Real. Esta localizaçom supõe um castigo suplementário para a família, que se tem que trasladar semanalmente até o centro penitenciário para estar apenas 45 minutos com ela.
Neste mês, a família Pórtulas nom estivo só. As mostras de solidariedade multiplicaram-se pola geografia dos Països Catalans, tendo especial incidência, as mobilizações no Gironés, comarca onde Núria tinha umha conhecida implicaçom na vida civil. Implicaçom que posicionou os concelhos de Sarrià de Ter, Sant Julià e Girona, mediante moções de apoio que tiveram a única oposiçom esperada do PP gironí.
O reconhecimento público da actividade de Núria evidenciou em Girona, para amplas capas da populaçom, nom só as implicações da lei anti-terrorista, mas a improvisaçom e a gratuidade da actuaçom policial. É por isso, que nas concentrações e as manifestações realizadas na capital comarcal, é vissível umha diversidade que ilustra como a causa da família Pórtulas nom obtem apenas as consabidas solidariedades ideológicas e pessoais, senom que se reforça também pola incredulidade e a surpresa general a respeito de como as instituições e, em especial, a conselleria de interior detentada por ICV, estão desenvolvendo o processo.
Em Barcelona há concentrações cada quarta feira diante da sé de Iniciativa per Catalunya- Els Verds (Carrer Ciutat nº 7). Concentrações que acabam com umha breve manifestaçom até o Palau de la Generalitat, na Plaça de Sant Jaume. Fruto destas mobilizações é a recentemente constituida Assembleia de Apoio que, conjuntamente com a de Girona, prepara a manifestaçom do sábado no intuito expresso de “nom parar até que a Núria estiver em casa”.