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Da propaganda e da realidade do galego na USC

A USC enviou por correio maciçamente propaganda da campanha com o cabeçalho de "Anímate, espalla o galego polo mundo!!!"

Enviada por agir agir o 06/07/2007 12:34
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Da propaganda e da realidade do galego na USC


Julho de 2007


Ante a notícia da activaçom por parte da USC, em colaboraçom com a Junta de Galiza e A Mesa pola Normalización Lingüísitca, dum Programa de "Acompañamento a Erasmus" (PAE), de AGIR temos algumhas consideraçons que fazer.

Em primeiro lugar, informarmos que o devandito Programa visa facilitar a introduçom e sociabilizaçom dos e das estudantes Erasmus mediante a criaçom da figura d@ acompanhante. Este/a seria um/ha estudante galeg@, tal e como literalmente se menciona na ponência pública.

A USC enviou por correio maciçamente propaganda da campanha com o cabeçalho de "Anímate, espalla o galego polo mundo!!!"


Gestos para limpar a imagem

De AGIR, as dúvidas sobre a intencionalidade do programa surgem-nos inevitavelmente ao termos que valorizar o facto de umha instituiçom tam laboriosa na destruçom sistemática da nossa língua -a USC- reconhecer-se a si própria como um ente interessado na galeguizaçom, nom já da comunidade nacional, mas do estudantado foráneo.

Cumpre deixar bem claro que o propósito do chamado PAE da USC nom se reduze nem muito menos a aprendermos galego aos estrangeiros e às estrangeiras, mas, com esta escusa (ensinar-lhes o idioma), servir-lhes de guia polas cidades de Compostela ou Lugo, mostrar-lhes o ambiente do lugar, ajudar-lhes a atopar habitaçom, e "orientá-los na cultura e língua galegas", explicam no comunicado. Enfim, travar amizades. Umha intençom com todos os visos de generosidade.

De AGIR entendemos que toda iniciativa que nom peque de ingenuidade ou folclorismo para potenciar o idioma debe ser bem acolhida. Mas, padecendo em primeira pessoa a política culturicida do Sistema Universitário da Galiza com respeito à nossa língua, e conhecendo os entraves atávicos que devemos enfrentar @s estudantes a diário por sermos galegofalantes na própria Universidade, nom podemos menos que criticar a hipocrisia das instituiçons neste País.

Por outra banda, entendemos que se o projecto é vendido como iniciativa para introduzir na língua nacional @s Erasmus, por que nom fazê-lo também com os Séneca -similares a Erasmus mas para estudantes provenientes doutras zonas do Estado espanhol-? Alguns meios informam que também se trabalhará com estes e estas. Esperamos poder confirmar este aspecto.


A realidade dista muito das ficçons da classe política

Ainda, o que como estudantes que agimos por umha Escola monolingüe em galego planejamos, especialmente aos responsáveis da USC e da Junta, é se vai existir umha aposta real na nossa língua que comprometa a instituiçom académica de mais sona da Galiza, e nom os e as suas estudantes particularmente.

Devemos salientar os tremendos défices de conhecimento da língua com que acedemos hoje ao ensino superior os e as cidadaos/ás deste País.

Nom queremos que o estudantado de Bilbo, Toledo, Suécia , Itália, ou de onde quer que vinherem, seja recebido com pompa galeguista para, a seguir, encontrar-se com a realidade totalmente castelhanizada da Universidade. Lembremos que os estudos recentes de Normalizaçom Lingüística da USC indicam em 15% o ministério de aulas em galego. Algumhas Faculdades estám rotuladas integramente em espanhol. O professorado nem sempre respeita a opçom natural pola nossa língua. E é habitual advertir o travestismo lingüístico de jovens que chegam empregando a nossa língua mas passam-se para o espanhol, a língua de prestígio, a normalizada e normativizada com coerência, a de fácil leitura para o professorado, a que nom amola, nem incordia, nem é estigma de nada.

De AGIR achamos, enfim, que a normalizaçom do galego desde a Universidade tem muitos outros caminhos que percorrer antes do que convidar a jovens ERASMUS que venhem de ano sabático com um "Benvidos á USC", universidade onde o particular latim da litúrgia é umha "mescla simplona de espanhol e português".

Assim o galego nom vai chegar mui longe. E é que chegar longe, embora haja quem nom compreender, nom significa chegar a Turquia.


A Assembleia de Filosofia critica

Recomendamos ligar com as seguintes notícias publicadas polo estudantado da Assembleia da Faculdade de Filosofia para conhecer de perto a situaçom do idioma neste Centro. Mais um exemplo... de tantos.

http://assembleiafilosofia.blogspot.com/2007/06/programas-oficiais-de-posgrau-da-usc.html


http://assembleiafilosofia.blogspot.com/2007/06/estricar-lhe-as-orelhas-ao-departamento.html


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