O regueifeiro portugués contesta ás inquedanzas de rapazas e rapaces.
Augusto Canário é tocador de concertina e cantador por paixón. É tamén un consumado regueifeiro, ou como lle chaman pola súa parte do Miño: Cantares de Desafío ou mesmo Agarradas. Un auténtico espectáculo de animación, nas súas palabras "sen corantes nem conservantes".
Preguntan os rapaces e responde Augusto:
Cres que os galegos e os portugueses fan poucas cousas xuntos?
Sim. Penso que galegos e portugueses fazem muito poucas coisas juntos. Haveria que trocar mais experiências, entre escolas, associações, artistas, músicos, autores. Enfim, de uma forma organizada, sistemática e diversa, deveria haver uma intervenção maior das pessoas e das instituições Galegas e Portuguesas.
Cando empezaches a regueifar?
Eu comecei a regueifar há muito tempo, cerca de 24 anos. Comecei com um amigo velhote, que cantava comigo nas festas e nas borgas.
Improvisas sempre ou tes cantigas xa preparadas?
Todos os verdadeiros improvisadores improvisam na hora, conforme o momento, o tema, o ambiente, enfim... o que nos rodeia. Acontece que, de tanto cantar, nós sabemos que todos os cantadores (improvisadores) fixam ideias, uma ou outra copla. Acima de tudo, um cantador tem que ter perspicácia e um dom muito aguçado de improvisar. O resto é experiência.
Cal é o teu instrumento preferido?
Gosto de vários. Adoro a concertina, mas também gosto do cavaquinho, da viola braguesa e, embora toque mal, gosto muito da gaita.
Que che parece a experiencia de Ponte...nas ondas?
É uma experiência maravilhosa. Das tais que se devem repetir sempre, talvez um pouco melhor organizada. Apostar na juventude, através da cultura popular Galaico-Portuguesa é o caminho a seguir para o futuro.
Cres que o patrimonio inmaterial galego-portugués ten futuro?
Penso que sim. Não só penso, como acredito que é o futuro. Num mundo cada vez mais globalizado, reforçar os valores de cada povo é uma forma de garantir o seu futuro.
Que habería que facer para mellorar as relacións entre Galiza e Portugal ? Primeiro, ´fazer ver aos políticos a importancia de boas relações entre a Galiza e Portugal. Segundo, as próprias instituições (escolas, associações, grupos) tratarem de cimentar intercâmbios e actividades em conjunto.
Um abraço para todos. Desculpem a brevidade das respostas, mas hoje é um dia comprido. Mais logo tenho espectáculo.